OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

O CENÁRIO PROPÍCIO

No cenário político brasileiro de 1960 haviam dois grupos de pensamentos antagônicos: o grupo dos comunistas e o grupo dos capitalistas. Os primeiros queriam a implantação do comunismo e, o segundo, queriam manter as liberdades, o livre comércio, a ordem e o progresso no país.


 João Goulart - Presidente da República do Brasil - em 1964

João Goulart, Presidente do Brasil à época, havia nomeado o deputado San Tiago Dantas como Ministro da Fazenda. Mas, um tempo depois, o Ministro ficou muito doente e deixou o cargo. Este fato contribuiu para a queda de Goulart.

A influência de Leonel Brizola (cunhado do Presidente) foi implacável sobre outros políticos, levando à preparação de um “golpe de estado” contra João Goulart, justificando que estavam preocupados com as questões sociais”, pois o presidente as não estava cumprindo. Mas não aconteceu o que pretendiam, porque Brizola resolveu se preparar sua candidatura presidencial.


Leonel Bizola em campanha, em 1964

Mas a Constituição da época não permitia que parentes próximos do presidente se elegessem, e eles impediram a reeleição de João Goulart. Assim, dessa maneira, Brizola não poderia se candidatar. Mas Brizola, muito esperto: criou o slogan: “CUNHADO NÃO É PARENTE, BRIZOLA PARA PRESIDENTE” e saiu pelo país fazendo “acordos” com políticos de um lado e de outro, para garantir uma modificação na Constituição e, se eleito, garantir o poder.

Brizola tinha muita certeza de vencer as eleições. Por isso, que envia seu aliado (Luís Carlos Prestes) a Moscou, no final de 1963 e, para que entrasse em contato com líderes soviéticos e afirmasse que “já estavam no governo e faltava apenas, consolidar o fato”. 

Faltavam alguns meses para a eleição. Em março de 1964, espontaneamente, o povo se organizou em enormes manifestações pacíficas e constantes. Essas manifestações tinham por objetivo pautas como: a manutenção da família, a manutenção da fé em Deus e a manutenção das liberdades individuais.

Milhões de pessoas foram às ruas proferindo palavras de ordem. Pediam também: o fim da ação comunista no país e impedimento do caos total. A ação da população era forte e enérgica.

Enquanto isso, nos quartéis, o alto comando da Marinha, Aeronáutica e Exército se viam obrigados a discutirem a situação e encontrar uma solução possível visto que tudo era muito inquietante.

Os próprios generais estavam divididos: a) haviam os de direita (os gorilas, como eram chamados) que queriam assumir o governo imediatamente; b) os legalistas (um tipo de Centrão) que queriam que tudo ficasse como estava e achavam que não deviam se meter; e c) os de esquerda, queriam assumir o poder para implantar o regime comunista imediatamente, mesmo que fazendo uso da violência, se fosse preciso.


Reunião dos generais da FFAA, em 1964

O alto comando da FFAA se reunia frequentemente e concluíram que só interviriam caso não houvesse outro recurso. Segundo o combinado, deveria ser uma intervenção rápida (de uns 3 meses) e devolveriam o poder aos civis.

E quem lideraria e assumiria o poder durante esse tempo?

Depois de muito discutirem, concluíram que o grupo a assumir deveria ser aquele em que a maioria dos seus subordinados em comando, estivessem mais alinhados a um dos três estilos de pensamento. Após uma rápida pesquisa, o estilo de pensamento vencedor foi o dos legalistas. Mas pediram um tempo para saber como se definia a situação. Enquanto isso, direitistas e esquerdistas se preparavam para uma possível batalha iminente.

Enquanto as coisas estavam em compasso de espera, três fatos importantes levaram os legalistas a uma tomada de decisão:

1- Como sempre, os adeptos da esquerda passaram a fazer comícios. No entanto, poucas pessoas paravam para ouvi-los. No dia 23 de março de 1964, eles marcaram um comício ao lado da estação ferroviária “Central do Brasil”, no Rio de Janeiro. O objetivo era que, o máximo de trabalhadores ouvissem suas propostas e aderissem ao movimento revolucionário.  Prepararam o palanque  e o ladearam com tanques de guerra, para chamar a atenção das pessoas e que elas parassem para ouvir. Mas não deu certo. Pouquíssimas pessoas pararam e ouviram seus discursos.


João Goulart em discurso no Clube dos Sargentos

2- Alguns dias depois, em 29 de março, João Goulart foi convidado a discursar no Clube dos Sargentos (RJ).  O Presidente estava muito nervoso, tenso e preocupado. Ao ler seu discurso (naturalmente escrito por assessores) o fez integralmente, embora tendo sido aconselhado a não fazê-lo. Mas, a certa altura do discurso, leu o seguinte trecho: “Os sargentos não deveriam obedecer aos seus superiores, mas deveriam seguir a sua própria consciência”. E nos parágrafos seguintes, acusava seus adversários e prometia represálias ao povo. Todos nós sabemos que os militares não gostam de nenhum tipo de indisciplina. Portanto, a frase do Presidente foi a gota d’água.

3- No dia 31 de março tem início, em Minas Gerais, um movimento de esquerda que pretendia fazer com que João Goulart viesse a perder o poder. Nesse dia, o povo brasileiro de norte a sul e de lesta a oeste vai maciça e organizadamente para as portas dos quartéis, pedir a proteção das forças armadas.


O povo nas ruas em 1964



faixas feitas pelo povo com as pautas de 1964

Com estas três atitudes, os legalistas optaram em dar apoio ao grupo da direita. Então, com maioria absoluta, as forças armadas invadiram o Palácio do Planalto, o Presidente foi deposto e os generais do exército brasileiro assumem o poder em oposição ao golpe esquerdista. E assim, começou um período de nossa história que ficou conhecido como “Regime Militar”.


Tomada do Palácio da Alvorada, em 1964

A esquerda ficou inconformada. Passaram a espalhar aos quatro ventos que os militares haviam dado um “golpe” e que iriam manter os trabalhadores cativos dos capitalistas. A esquerda jamais aceitou e muito menos perdoou, o fato de ter levado um contragolpe e prometeu que haveria um revide.

Continua

FONTE

http://www.caoquefuma.com/2012/04/a-verdadeira-historia-do-regime-militar.html

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