OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 24 de julho de 2012

OS AMIGOS E A PREOCUPAÇÃO DOS PAIS


Ah, os amigos! É bom tê-los em qualquer idade, seja para um bom papo, um conselho ou, simplesmente, para a escuta de uma reclamação, de um sentimento, ou de uma dúvida. Assim também funcionam os amigos do início ao fim da adolescência.


Ter amigos, principalmente nesta fase da vida, é fundamental. Além de desfrutar da companhia de pessoas de mesma idade, por estarem enfrentando os mesmos problemas por conta das mudanças físicas, psicológicas e comportamentais da idade e de terem os mesmos anseios e dúvidas, o grupo também é educativo.

O grupo cobra coisas que os pais ensinaram (ou deixaram de ensinar) e que todos os jovens deveriam ter interiorizado, como por exemplo, o sentido de autoproteção, o das iniciativas pessoais e os sentimentos de solidariedade e de cooperação. São estas coisas que lhes garantirá a autonomia.

Estes grupos se formam espontaneamente seja por afinidades ou por vários outros motivos, como por exemplo, a necessidade de companhia, a paquera, o grupo de trabalho na escola, por estudarem com a mesma turma durante anos seguidos etc. E da mesma maneira que este grupo se forma, também se dissipa, pois com a idade avançando e novos interesses surgindo, cada um acaba por seguir seu próprio destino. São muito raras as amizades que perduram a vida toda.


Mas, os pais se preocupam e questionam a forma como se tratam. A franqueza e as críticas que surgem nestes grupos incomodam mais aos pais do que aos filhos. Os xingamentos, as críticas e a irreverência de certas atitudes são vistas, aceitas e compreendidas como algo normal entre eles. Não se ofendem, se magoam ou se sentem desprestigiados por que todos agem da mesma maneira, estando perto ou distante dos pais. A regra é clara entre eles: “se um faz, todos podem fazer”. E é, exatamente nesta regra, que está o poder educativo do grupo.

As brincadeiras exageradas que os adultos denominam de “algazarra” são passageiras e acontecem num momento de descontração, como uma forma de extravasarem as dificuldades pelas quais estão passando. E são totalmente inofensivas.
Há, porém, um grupo de “amizades” com o qual os pais devem ser preocupar  bastante. Esses grupos são denominados de “gangues juvenis”.

O QUE SÃO GANGUES?
As gangues juvenis são grupos que, inicialmente se formam espontaneamente. Pouco depois, ganham uma estrutura própria intencional e conferindo-lhe uma identidade que a difere de outros grupos e, até mesmo, de outras gangues.

São grupos fechados, contínuos, disciplinados e solidários, pois o êxito do grupo depende da união de cada elemento para que o grupo aja como se fosse uma só pessoa. Muitas vezes, um linguajar diferenciado aparece nesses grupos, ou seja, uma gíria que é própria e oficial de determinado grupo.


Dentro dessa estrutura, organizam-se de modo que cada elemento passa a ter uma função dentro do grupo. Essa função depende das características e habilidades de cada elemento. Dentro dessa organização também há uma hierarquia: o líder (que tem as ideias e manda), os liderados (que obedecem cegamente as ordens do líder) e os iniciantes (que aspiram fazer parte desse grupo por admiração ao líder ou por acreditarem que ganharão mais respeito).

QUEM PARTICIPA DESSES GRUPOS?
Os motivos que levam um jovem a participar de uma gangue são os comportamentos antissociais, originários em constantes frustações causadas no ambiente familiar, escolar e na própria sociedade. Outros problemas igualmente complexos e variados também fazem parte de uma extensa lista de motivos. Esses elementos se identificam com o grupo que passa a ser uma espécie de refúgio. Na maioria das vezes, as frustrações são as causas da violência e da criminalidade nesses grupos.

O LÍDER
Em qualquer agrupamento humano encontramos pessoas que lideram. É um tipo de liderança espontânea e inata. Nas gangues, o líder é determinado por sua audácia. Na verdade, essa audácia é mais um desvio de personalidade provocado por inadequações sociais do que propriamente pela valentia pessoal. Audácia que é admirada (e muitas vezes, invejada) pelos liderados e iniciantes.


Como em todo grupo, o líder (cabecilha, cabeça ou mentor como pode ser conhecido) é
sempre uma pessoa importante. O líder de uma gangue é uma pessoa que se identifica com os problemas, insatisfações e anseios de cada liderado e promove oportunidade para que possam descarregar toda a agressividade que ficou acumulada em cada um. Assim, mantém a unidade grupal e a capacidade de ação do grupo.

Na verdade, o líder é um déspota, mas que é visto por seus liderados, como se fosse um "anjo" que os compreende e os apoia. Na verdade, essa relação é uma “esperteza de uma mente doentia”, sugerindo aos seus liderados coisas que jamais ousaria praticar sozinho ou por conta própria, seja por medo das normas morais ou sociais ou do castigo divino.

As dificuldades e situações de perigo constante que o grupo vivencia dão ao líder poder e autoridade. Mas, é inegável que possui qualidades especiais para a ação (como as tomadas de decisão rápidas, de ser enérgico, da ousadia) e que são superiores à de seus comandados. Em qualquer situação o líder vai à frente, seguido e protegido pelo grupo todo. O grupo confia no líder  e se sente seguro.

OS LIDERADOS
Igualmente como o líder, os liderados apresentam problemas antissociais e desvio de personalidade. Parece um contrassenso observar que jovens contrários às regras da sociedade possam ser elementos submissos às regras do grupo, não é mesmo?


É que ao obedecer cegamente às ordens do líder e ver seus desejos de agressividade satisfeitos por atuar em oposição a uma norma social ou sobre a autoridade dos adultos, esses jovens atingem um grau de êxtase tão profundo, que se tornam capazes de enganar suas próprias consciências. É devido a essa sensação que se submetem cegamente e sem discussão ou rebeldias. E quanto mais o lider promover situações em que esse êxtase for alcançado, mas presos ao grupo esses jovens ficarão.

OS INICIANTES
Para ser aceito nesses grupos os jovens passam por “provas de coragem” onde podem imperar a violência e o crime. As provas são constituídas de pequenos furtos, assaltos á mão armada e, lastimavelmente, de mortes.

E embora as gangues sejam um fenômeno essencialmente masculino, também existem as gangues femininas. Mas, estas são raras, cerca de 1% das gangues totais.


Infelizmente, os nossos jovens estão se enveredando cada vez mais nesses grupos e, lamentavelmente, cada vez mais precocemente. As gangues estão crescendo de forma assustadora em todas as classes sociais e ameaçam a sociedade.


COMO IDENTIFICAR SE O FILHO PERTENCE A UMA GANGUE?
A  mudança brusca e incomum no comportamento dos filhos pode ser um grande indício. São mudanças observáveis no linguajar, no modo de vestir e de andar, nas atitudes agressivas, rebeldias e  críticas ás regras e aos costumes.

fonte:
CASTILLO, Gerardo."Educar para a amizade",  Ed. Quadrante, São Paulo, 1999.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

- “SOU DI MENOR”


A cada dia temos notícias de que “menores” estão envolvidos em furtos e atos violentos. Por que isto acontece?

A questão do menor infrator é, sem dúvida alguma, uma questão delicada e complexa. “È a família que não sabe educar”, dizem uns. “È um problema da sociedade que é injusta”, dizem outros. “É a escola que não educa direito”, dizem uns terceiros. Mas, qual é a verdade?

A verdade é tudo isto junto. As sociedades estão doentes e o sintoma dessa doença é a violência. As causas: educação permissiva ou castradora demais no seio familiar, falta de oportunidades sociais, de trabalho, de educação formal, de vivência cultural, de religiosidade, de valores morais etc.

 Antigamente, diziam que a maior causa era a pobreza. Os jovens enveredavam por caminhos errados porque a miséria os levava a isto. E hoje? Não só os jovens de baixa renda, moradores das favelas e dos bairros das periferias urbanas se deixam levar por caminhos escusos, mas também, os de classe média e os da classe alta que têm tudo do bom e do melhor, estudam em colégios famosos e caros, viajam constantemente e conhecem mais o exterior do que o próprio país.

Jovens que começam com pequenos furtos e em pouco tempo assaltam bancos. Que batem num desafeto ou que tocam fogo num morador de rua. Que experimentam desde um gole de cerveja a drogas pesadas. Que enfrentam, pais e polícia, com armas em punho.


E, diante de tudo isto, aflitos e sem respostas, os pais perguntam: Como educar os filhos para que isto não ocorra na minha família? 

Infelizmente, não tenho respostas prontas. Nem eu, nem ninguém. Por isto, decidi por começar um novo assunto: o dos “MENORES INFRATORES” para refletir e compreender, juntamente com vocês, as causas e as consequências deste problema. 

sábado, 14 de julho de 2012

IRREGULARIDADES NAS MENSTRUAÇÕES

As primeiras menstruações podem ser irregulares quanto a intensidade do fluxo, o tempo de duração ou do ciclo. Estas irregularidades podem durar de 6 meses a 1 ano e são normais devido a uma maturação do organismo ou dos órgãos envolvidos. Porém, se passado esse prazo, os ciclos continuarem irregulares pode significar que alguma coisa não está funcionando bem. Principalmente, com o útero. Este órgão está sujeito a inúmeras infecções e uma delas pode estar atrapalhando a regularidade do ciclo menstrual. Neste caso, é bom procurar um médico e verificar o que está acontecendo. Por outro lado, existem as leiomiomas.


As leiomomas são pequenos tumores benignos. Provocam dores pélvicas e podem causar a infertilidade em 5% dos casos de ocorrência. Qualquer dor nessa região durante o período menstrual é bom procurar um médico.

Os ciclos mais preocupantes são aqueles que, além de irregulares são acompanhados de pelos anormais, grossos e escuros em áreas do corpo onde não são comuns encontrá-los, como por exemplo: no buço, no queixo e no tórax. Eles podem ter origem em ovários policísticos (SOP) e são provocados por alta dosagem de hormônios masculinos (a progesterona). Geralmente são pequenos (de 4 a 8 milímetros de diâmetro), mas numerosos.

As mulheres com ovários policísticos engordam com facilidade e apresentam dificuldade para perder peso. Com isto, a obesidade é um risco iminente. Além do distúrbio hormonal, são comuns os casos de hipertensão, problemas cardíacos e dificuldade para engravidar.
Os ovários policísticos podem aparecer na adolescência ou idade adulta e a hereditariedade tem grande influência.

A procura de um médico é importantíssima. Os ovários policísticos não tem cura, porém, tem controle. E, para isto, basta fazer o tratamento direitinho.

Fonte:
http://www.gineco.com.br

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A MENSTRUAÇÃO

PUBERDADE FEMININA

Após o aparecimento das mamas, dos pelos pubianos e axilares, do alargamento da bacia, e de certa quantidade de tecido adiposo as meninas começam a ovular e a menstruar.  A todo este processo chamamos de “maturação sexual feminina”.

Assista ao vídeo e veja como tudo isto acontece.


Assim, como vimos no vídeo, a menstruação é apenas o desfazer de toda a preparação para receber o óvulo fecundado e que não aconteceu. Mas, recomeçará tudo novamente, no mês seguinte.

Menstruar não é doença. Ao contrário, é um sinal de saúde. Pode ser incômodo, mas significa que o sistema reprodutor está funcionando adequadamente.

O primeiro sangramento (e somente ele) recebe o nome de "menarca". Após ele, todos os outros são chamados de "menstruação".

VOCÊ PRECISA SABER QUE:

- As primeiras menstruações podem ser irregulares, tanto na data de início, quanto na quantidade de dias de sangramento ou quantidade de fluxo. Isto é normal porque o organismo está se adaptando. Porém, se depois de um tempo considerável (1 ano) a menstruação continuar irregular, procure um médico para saber o que está acontecendo.

domingo, 1 de julho de 2012

O ABANDONO AFETIVO PARENTAL

Falar deste assunto é uma questão bastante delicada já que envolve uma relação entre pais e filhos. No entanto, é preciso alertar para os perigos que esta situação traz.

Como já vimos em outra oportunidade, a relação entre pais e filhos exige direitos e deveres de cada um. Deveres estes que vão além do simples prover, pois há deveres subjetivos, como os éticos e os morais, que devem existir nessa relação, independente de toda e qualquer organização familiar ou de quem possui a guarda dos filhos.

Como dever subjetivo, nos deparamos com uma situação que, na atualidade, tem sido bastante corriqueira: o abandono afetivo parental.
Muitos ex-casais entendem que o rompimento da relação marido-mulher inclui também o rompimento da relação com o(s) filho(s), onde o não guardião esquece ou ignora que gerou um filho ou mais. Mas, isto não é o que deve acontecer, pois traz consequências desastrosas para o(s) filho(s), como por exemplo, o trauma do abandono.

A falta do pai ou da mãe pode não ser um problema traumático em se tratando de questões materiais, mas sempre é nas relações afetivas.


O filho, seja ele criança ou adolescente, sente-se rejeitado pelo parente que se afastou. O filho sabe dos motivos mesmo que não lhe seja dito claramente. Sabe também que esse parente está vivo, que constituiu outra familia e que o abandono da família anterior é deliberado e consciente.

A carência material é algo que pode ser reparada, mas a carência afetiva, não. Pois ela, destrói princípios, desvia o caráter, desestrutura personalidades, destrói a autoestima e a autoconfiança da criança ou do jovem, debilita física e psicologicamente a ponto de não se reconhecer mais como fazia antes por não ter mais o modelo parental a ser seguido, segundo teorias psicológicas. E mesmo que procure esse modelo em outra pessoa a perturbação existe e dificilmente é recuperada.

Imagine-se esperando por alguém que ame demais e nunca vem, que atende a telefonemas e promete coisas que não são cumpridas, que espera por um telefonema em datas importantes como aniversários, Natal, Ano Novo, Páscoa e não recebe. Imagine esperar meses para um encontro com esse ser amado e no dia, não aparece, ou se aparece, o deixa sozinho alegando um compromisso de trabalho, uma reunião com amigos. E isso, anos a fio. Choros e lamentações não diminuem a dor sentida por esta espera. E no íntimo, começa a urdir planos de vingança como a compensar ou se auto-defender da mágoa, da raiva ou do ódio sentido pelo abandono.

Não é o rompimento do casamento dos pais que perturba a criança ou o jovem. A marca deixada é a do abandono, do sentimento de rejeição, do ser ignorado e da espera infrutífera. Certamente, essa marca será repassada um dia, quando for mais velho. O exemplo deixado por esse parente (pai ou mãe) será copiado e transferido para sua própria família e filhos.

A Justiça Brasileira e o Direito de Familia  compreendem e reconhecem a importância desse vínculo parental e determinam que os laços entre pais e filhos não pode ser desfeito por vontade individualistas ou por questões patrimoniais.