OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 18 de março de 2016

OS DEFICIENTES E O PRECONCEITO

O preconceito contra os deficientes (de qualquer tipo) também é mais um dos preconceitos chamados “sociais” e engloba os maus tratos físicos, emocionais, financeiros e a discriminação da pessoa deficiente.


Os maus tratos físicos consistem em bater, em subjugar, em não atender as necessidades alimentares, em não atender as questões de higiene seja da pessoa ou do ambiente, de não fazer os acompanhamentos clínicos necessários.

É muito comum as tentativas de tirar o dinheiro, obrigar ou vender algum bem, usar de fraudes ou impingir aos deficientes uma vida de sacrifícios porque seu dinheiro foi gasto por outra pessoa. 


Já os maus tratos emocionais consistem em rebaixar sua autoestima e autoconfiança; em não ver neles qualquer habilidade ou de reconhecê-las e não promover estimulação; de contribuir para a sua dependência; de não educa-los para que possam conviver em sociedade; ou isolá-los privando-os do convívio social. Outras vezes, as pessoas emitem gracejos com relação a sua deficiência ou referindo-se a eles como se fossem um “incômodo ou um encosto”, como se fossem “burros” ou “preguiçosos” e  outros tantos com a intenção de inferiorizá-los.


Outra atitude preconceituosa é quando uma instituição se nega a realizar um tratamento necessário á sua saúde, assim como não aceitar uma criança em idade escolar com a desculpa de que não há vagas, que não há estruturas físicas adequadas ou que não há pessoal especializado para acompanha-los nos estudos. Preconceito porque todas as escolas tiveram um prazo máximo de dez (10) anos para resolverem todas estas questões e muitas, nem começaram essa adequação.


Os deficientes físicos, mesmo com sua limitação locomotora, levam uma vantagem com relação às aprendizagens porque seu cérebro não é afetado pela deficiência. Portanto, podem aprender tudo o que a escola propõe.


Os deficientes visuais, respeitadas as suas limitações, o ensino em Braile não impede que as aprendizagens escolares aconteçam. Cabe a escola a adaptação aos conteúdos e formas de avaliação e da família a providência de tecnologia apropriada. 


Os deficientes auditivos também. A única coisa a ser adaptada é que, por não ouvirem, sua escrita se torna um pouco diferente. Costumamos ler uma frase e observar que o sujeito vem antes do predicado e os deficientes auditivos usam o predicado antes do sujeito. Se a escola e os professores entenderem e respeitarem esta condição, não haverá problemas em relação as aprendizagens. Constituem ações preconceituosas querer que o deficiente auditivo escreva da forma que o ouvinte escreve. Portanto, deficientes auditivos e visuais possuem cérebros preservados.


Com os deficientes intelectuais a situação se complica. Embora a escola e os professores saibam da deficiência, e que seus cérebros funcionam lentamente, insistem em querer que os deficientes intelectuais deem respostas como se não fossem deficientes. Avaliam seus trabalhos e provas em comparação com seus colegas de turma e não levam em consideração seu esforço e avanços dos limites pessoais. E não é só no Ensino Fundamental, mas no Ensino Médio e no Ensino Superior também.

Um outro comportamento preconceituoso e atuante em grande parte do ambiente escolar, é o descumprimento de uma lei (Lei de Inclusão, de 2010) que obriga as escolas de todo o país, a elaborarem um plano curricular específico para pessoas com deficiência visual, auditiva e intelectual. Esse currículo adaptar o Plano Curricular Nacional levando em conta as possibilidades e necessidades de cada um. 
Deficientes intelectuais necessitam de muita repetição, de materiais concretos, de atividades diferenciadas, de provas e trabalhos dentro do que está aprendendo e do que está sendo ensinado. Mas dá trabalho e os matérias são caros e, muitas escolas não os têm, nem estão dispostas a consegui-los.

São atitudes preconceituosas (que poucos percebem ou questionam) porque impedem que o deficiente se desenvolva como merece. Os deficientes intelectuais sabem que jamais poderão competir em pé de igualdade com os chamados “normais” se forem constantemente comparados. Mas o que fazer?


Há, ainda, pessoas que acham que os deficientes intelectuais não têm sentimentos. Ao contrário, eles sentem sim. Ficam magoados também. Só não sabem dizer o que sentem. Trabalho com eles, ouço suas reclamações e lamentações. E o que mais os machuca é a insistência dos “inteligentes” em fazê-los acreditar que são incapazes.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PRECONCEITO SOCIAL (III)

SOBRE A LINGUAGEM

Muitas pessoas acham “engraçado” o modo como os estrangeiros falam ou quando aprendem um novo idioma, como o nosso por exemplo. Mas, algumas pessoas se sentem incomodadas com o falar dos estrangeiros.


Mas esse incômodo pode acontecer também dentro de um mesmo país. O Brasil, por exemplo, é um país em que todos falam a Língua Portuguesa. No entanto, cada região do país apresenta uma forma diferente de falar o português. São os “sotaques” próprios de cada região. Por outro lado, um mesmo objeto é denominado de forma diferente em cada região Como exemplo, aquelas bolinhas de vidro coloridos que os meninos jogam pode ser chamada de bola de gude no Sudeste, enquanto em outras regiões é chamada fubeca ou biriba.

É essa variedade de sotaques e de vocábulos existentes para um mesmo objeto que faz do Brasil um país culturalmente rico. Para a grande maioria dos brasileiros é um motivo de orgulho. No entanto, para uma minoria, essa riqueza pode incomodar e suas reações geralmente não são amistosas. Muitas vezes, as reações podem ser mais em termos de gozação, xingamentos, formas discriminatórias ou agressivas. 


Discrimina-se também as pessoas que falam nossa língua de modo equivocado.São pessoas que não tiveram a oportunidade de aprender a língua culta e fazem uso da língua recheada de erros de concordância ou pronunciam as palavras com omissão , trocas  ou acréscimo de letras ou de sílabas. Todas estas formas fazem parte do  “PRECONCEITO LINGUÍSTICO”.



SOBRE A RELIGIÃO



O “PRECONCEITO RELIGIOSO” é um dos mais antigos entre os preconceitos sociais. A história está repleta de relatos em que povos de uma determinada religião eram perseguidos e massacrados. 

cristãos nos circos romanos

gladiadores

Quando os antigos povos eram politeístas (tinham vários deuses), perseguiam e exterminavam os cristãos por serem monoteístas (tinham um único deus)  nos circos romanos ou nas lutas de gladiadores. 

nas cruzadas

E mais tarde, os próprios cristãos perseguiam e enfrentavam longas e sangrentas batalhas contra o que chamavam de “ímpios” (por acreditarem em outros deuses), como na época das Cruzadas. 

Um exemplo bem recente é a maneira como os praticantes mais radicais do islamismo tem agido para se impor nos países ocidentais.

Mas os cristãos ou os ímpios não foram os únicos a sofrerem perseguições. Os “ateus” (por não crerem em nenhum deus) e os “espíritas” também foram e continuam sendo discriminados nas sociedades mais atuais.

Isto acontece porque cada grupo religioso acredita que sua religião é a mais perfeita e a que levará os fiéis ao reino dos céus. E por isso, os grupos mais radicais tentam impor seus costumes e crenças aos de outra religião. E essa imposição é realizada através da força, da segregação ou da discriminação.



No entanto, não levam em conta que todos somos filhos do mesmo Deus e que não importa que nome ele tenha (Alá, Geová, Maomé ou outro qualquer). Esquecem também que, cada povo tem o direito de acreditar nesse Deus da forma que estão acostumados, pois nessa questão não há certos ou errados. Esquecem também que ninguém tem o direito de se meter na fé e nas crenças do outro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

PRECONCEITO SOCIAL (II)


Dentre os preconceitos chamados “sociais” existem alguns que são considerados como “de menor importância” porque um grupo menor da sociedade. No entanto, os malefícios que causam são tão danosos como qualquer outro.  Esses preconceitos existem porque vivemos numa sociedade onde a aparência tem mais valor que a essência de cada pessoa. 

E por mais que queiramos que eles sejam extintos, os indivíduos acham sempre uma diferença qualquer para chatear, incomodar com opiniões desarrazoadas e impedir que outros vivam felizes e em paz.

a     SOBRE O PESO E O TAMANHO



O primeiro grupo atingido está relacionado com o peso e o tamanho das pessoas. E, geralmente, os obesos são os mais discriminados. Mas os magros, os baixos, os muito altos, os mais fortes também sofrem com a discriminação.

De tempos em tempos a sociedade estabelece certos padrões de beleza e os valoriza. E aqueles que não se encaixam nesse tipo de beleza, sofre com a rejeição. Houve um tempo em que os “gordinhos” eram muito valorizados. Hoje, no entanto, sofrem por serem assim.
Ninguém gosta de ser obeso, nem quer ser assim. Mas fica por problemas emocionais, culturais, físicos ou metabólicos. Mas nenhuma justificativa satisfaz os preconceituosos

SOBRE A IDADE


Nas culturas e sociedades orientais os idosos são pessoas respeitadíssimas porque possuem experiência de vida e muita sabedoria. Em muitas culturas e sociedades ocidentais, o idoso é considerado um estorvo e um incômodo. E as primeiras atitudes preconceituosas começam no seio familiar.

Uma atitude preconceituosa é a de “ignorar” as necessidades dos idoso. Muitas famílias os colocam num asilo e os deixam por lá, sem nunca ter lhes feito uma visita ou dado um telefonema para saber como eles estão.

As atitudes preconceituosas vão num crescente: do desrespeito verbal ao espancamento. Só que os preconceituosos esquecem que ninguém permanece jovem a vida inteira e, um dia, também envelhecerão.

SOBRE A LINGUAGEM



Muitas pessoas acham “engraçado” o modo como os estrangeiros falam ou quando aprendem um novo idioma, como o nosso por exemplo. Mas, algumas pessoas se sentem incomodados com o falar dos estrangeiros.

Mas esse incômodo pode acontecer também dentro de um mesmo país. O Brasil, por exemplo, é um país em que de ponta a ponta se fala a Língua Portuguesa. No entanto, cada região do país apresenta uma forma diferente de falar essa mesma linguagem. São os sotaques característicos de cada região.


Embora essa variedade de sotaques e de vocábulos diferentes para um mesmo objeto seja uma questão de admiração e de orgulho para a maioria dos brasileiros, pode incomodar a outros grupos que reagem de forma mais pouco amistosa e, muitas vezes, agressiva com relação as pessoas que falam com esses sotaques porque consideram que apenas o seu jeito de falar é o correto. É o chamado “PRECONCEITO LINGUÍSTICO”.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

SEXISMO, FEMINISMO E CHAUVINISMO

O sexismo também é um dos muitos tipos de preconceitos inclusos como sociais. Trata-se da discriminação ou atitudes indignas expressas ou camufladas contra um determinado gênero ou identidade sexual. Isto acontece quando um sexo (feminino ou masculino) se considera melhor que o outro.

Falamos de sexismo masculino quando os homens submetem as mulheres a seus caprichos ou visando seus próprios interesses por acharem que as mulheres são menos inteligentes ou menos capazes que eles.


Para os homens que creem que as mulheres são inferiores, elas devem desempenhar seu papel doméstico, cuidar dos filhos e do marido (sempre muito autoritário). Nesse caso, as mulheres não têm o direito expor sua opinião ou reclamar sobre algumas atitudes tomadas contra ela. E se insistem, sofrem castigos físicos.


Homens e mulheres são diferentes apenas fisicamente. Nada tem a ver com suas habilidades e capacidades. Ambos são seres inteligentes e capazes e ambos têm seus direitos e deveres.

O sexismo é prejudicial a todos. Difere do machismo por ser mais racional e, muitas vezes, está ligado ao ódio contra as mulheres (misoginia).


Quando são as mulheres que se acham superiores aos homens e acreditam poder dominá-los. Na verdade, é o sexismo feminino, comumente chamado de “feminismo”. 

Feminismo é um termo que vem carregado de conteúdo ideológico e é entendido como um movimento liderado por mulheres visando a conquista de espaço social, de direitos e o devido respeito da sociedade. E nada tem a ver com o sexismo feminino que nada mais é do que o inverso do sexismo masculino. 


Um terceiro preconceito é o chauvisnismo ou machismo. Esse preconceito é fruto da crença de que os homens são superiores às mulheres. Difere do sexismo masculino por ser mais um comportamento adquirido por imitação do que por um sentimento de ódio.

O machismo está presente em toda parte. Principalmente no trabalho, quando homens e mulheres ocupam o mesmo cargo e desempenham a mesma função e o salário delas é menor que deles.

sábado, 16 de janeiro de 2016

PRECONCEITO SOCIAL



Chamamos de preconceito social aquelas atitudes e juízos desfavoráveis que estão presentes no cotidiano e que estão relacionados com as classes sociais e o padrão de vida das pessoas.


Segundo Karl Marx (filósofo alemão), o mundo capitalista está dividido em dois grupos principais: a burguesia e o proletariado. Nas sociedades, um dos grupos é o “dominante”, enquanto o outro é o “dominado”. E segundo Marx, essa divisão sempre gera uma disputa entre as classes.


O status social é motivo da disputa, pois é ele quem define a posição dos indivíduos na estrutura social. E essa posição é quem origina o preconceito. 

O preconceito social é um tipo de pensamento, diga-se em nome da verdade, sem qualquer fundamento razoável. No entanto, gera juízos desfavoráveis e generalizados sobre as pessoas, suas atitudes, sobre os traços de personalidade ou da moral da classe com quem há a disputa.

O primeiro pensamento é o de que as pessoas ricas são “superiores”. Seja porque tenham um poder aquisitivo maior ou por possuírem muitos bens materiais. Mas também pode ser o contrário: o de que os pobres são “inferiores” por não possuírem nenhum, nem outro. Sabe-se, no entanto que, nenhum ser humano é “superior ou inferior” a outro. 


O segundo pensamento é o de que as pessoas pobres não conseguem melhorar seu status e conquistar bens porque são mais “preguiçosas” e “pouco trabalhadoras”. O que não é bem assim. Muitas pessoas trabalham incansavelmente e obtém alguns bens com muito esforço, todo mundo sabe disso. Por outro lado, há que considere os ricos como pessoas que fazem qualquer coisa (incluindo as desonestas) para manterem seu status e suas riquezas. O que não é verdade para uma grande maioria. No entanto, nessa disputa de classe o negócio é generalizar, botar todo mundo no mesmo barco.

Em todas as classes há pessoas boas, honestas, perseverantes e esforçadas da mesma forma como há os preguiçosos, os acomodados, os desonestos, corruptos e corruptores. Depende de cada um e não da classe a que pertence. Há ainda que admire pessoas da classe social oposta. Há gente muito rica que se surpreendem e admiram a forma com os pobres conseguem sobreviver com tão pouco, assim como há pobres que se admiram e se espelham no esforço e na perseverança dos mais abastados, tendo-os como exemplos a serem seguidos. 



E em meio a toda essa disputa dos extremos, como fica a classe média (ou intermediária) que se situa entre ricos e pobres? Será que está livre da disputa? 

Nada disso. E nesta disputa de classes onde o status é o ponto chave, sobra preconceito para ela também. Muitas pessoas da classe pobre os acham submissos ou bajuladores dos ricos, enquanto que estes, os acham pessoas dignas e esforçadas que querem melhora seu status. E como se vê, o nível socioeconômico pode gerar bons e maus julgamentos, tudo depende o quanto a pessoa ou grupo que pensa e julga de maneira desfavorável está ressentida por não pertencer á classe que é alvo dos seus comentários.

Invariavelmente, todo preconceito gera a intolerância. Os ataques orais ou físicos são justificados como forma de defesa ou porque culpam seu infortúnio baseados nas parcas oportunidades de instrução, do baixo nível de renda, no desemprego, na ausência de bens, na falta de acesso a uma qualidade de vida melhor.

E a intolerância traz consigo outros problemas sociais decorrentes do aumento da criminalidade e violência pela inveja do que os outros possuem ou do orgulho exacerbado por ser e ter mais e melhor que o outro. Surgem os oportunistas que corrompem e os que aceitam ser corrompidos. Surgem os corruptores e os corrompidos. 


Todos os preconceituosos sociais são como “rolos compressores”. Sobrevivem passando por cima dos demais sem a menor preocupação para conseguirem uma boa posição social ou para conseguirem riqueza e poder sem o menor esforço.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

ETNOCENTRISMO

O etnocentrismo é um dos mais complexos dentre os preconceitos. Primeiro, porque não existem culturas perfeitas. Em cada uma existem coisas boas e coisas ruins. Segundo, porque elementos intelectuais, racionais, emotivos e afetivos estão intrinsecamente ligados à cultura. Esses elementos configuram-se como integrantes do espírito humano, levando o sujeito a pensar, sentir e agir de acordo com a cultura a que pertence. Terceiro, porque cada indivíduo tem esses padrões fortemente arraigados em si, ou seja, está acostumado com os padrões, os segue com a convicção de que são benéficos para si e para seus compatriotas e sente-se seguro e feliz ao cumpri-los. Por isso, o etnocentrismo está presente em todas as culturas, em todas as épocas e pode ser observado a qualquer momento.

É um preconceito complexo porque também pode ser confundido com outros dois: o racismo e o preconceito social. Outras vezes, passa despercebido porque se confunde com “patriotismo”. E não há nada de mau em ser patriota. O ruim é quando esse patriotismo se torna exagerado e se compara uma cultura com outra, elevando mais uma, enquanto se deprecia a outra.

Para que se possa compreender bem o significado do etnocentrismo é preciso entender o significado desse vocábulo: “etnos” é um termo de origem grega que significa nação, etnia, cultura ou sociedade; e “centrismo” significa centro. Assim, quando se toma uma cultura (nação, etnia, sociedade) como centro de importância e desvalorizamos pejorativamente, de modo desrespeitoso e intolerante todas as outras ou uma em particular, o preconceito está instalado e pode ser praticado por uma única pessoa ou por um grupo delas.

Na Índia, a vaca é um animal sagrado. Daí a reverência.
Esse preconceito surge por falta de conhecimento dos padrões e hábitos culturais da(s) sociedade(s) que está (ou estão) sendo comparada(s) e julgadas. Mas ainda, são as justificativas resultantes dessa comparação que definem se é preconceito ou não. É preconceito quando as justificativas estão baseadas no fator biológico como critério de superioridade. Por exemplo: como quando Hitler dizia que a raça ariana era superior a todas as outras raças. A saber, Hitler era etnocêntrico e racista, por isso, ele acreditava ser importante que todas as raças fossem extirpadas para que a raça ariana pudesse sobreviver. E começou o extermínio pelos judeus.

O patriotismo exagerado sempre leva a uma conduta extremada: desvalorização na comparação, desrespeito no julgamento, atitudes intolerantes diante das diferenças culturais, atitudes absurdas e, muitas vezes, deprimentes, imorais, radicais e xenofóbicas.
Mas o etnocentrismo também pode aparecer dentro de uma mesma nação, cultura ou sociedade quando esta é formada por várias culturas diferentes. Como a nossa, por exemplo, que é formada por europeus, africanos e indígenas. Quando se desprestigia a cultura africana ou a indígena estamos praticando o etnocentrismo. O mesmo acontece quando valorizamos a cultura do sul ou do sudeste brasileiro rebaixando a cultura nordestina ou a nortista.


Somos todos filhos da pátria brasileira. Um país de grande riqueza cultural e de belas e singulares tradições regionais. Um país singular do qual nos orgulhamos. Somos um povo miscigenado onde os preconceitos não deviam ter razões para acontecer e não deveria haver lugar para as discriminações. Mas que, infelizmente, ainda existem por parte de alguns poucos.


domingo, 3 de janeiro de 2016

HOMOFOBIA

Homofobia é o termo dado ao preconceito contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais. Caracteriza-se por uma aversão irresistível, incontrolável, repugnância, medo ou ódio contra essas pessoas.

Geralmente, os homofóbicos são pessoas que ainda não definiram completamente sua identidade sexual que por medo, dúvidas e revolta transferem estes sentimentos contra aqueles que já se decidiram e assumiram sua sexualidade.

As causas da homofobia são várias. No entanto, as que mais pesam na balança de nossas consciências são: as culturais e as religiosas. Assim, em países cuja religião exerce uma força maior sobre a cultura, a tendência homofóbica é maior chegando, muitas vezes, aos radicalismos. Em pleno século XXI, há países que ainda aplicam a pena de morte para quem se assume como homossexual. Mas ainda assim, há grupos de pessoas que os tentam defender ou os encaram com maior naturalidade.


Em outros casos, a homofobia parte do próprio homossexual. Seja porque ainda está na fase de negação de sua identidade sexual ou porque ainda não conseguiu “sair do armário” totalmente pressionados pela cultura ou pela religião. Muitos deles, contraem casamentos heteros, constituem famílias com filhos e não se assumem como homossexuais. O medo de que sejam descobertos torna suas vidas num verdadeiro “inferno”.

A homofobia não é um preconceito regional, mas ocorre no mundo inteiro. Nessa intolerância ou aversão, negam a humanidade, a dignidade e o direito do outro de viver de acordo com sua identidade sexual. 


A homofobia é CRIME no mundo inteiro. Desde 1991, a discriminação e as atitudes preconceituosas contra os homossexuais é considerada como violação dos direitos humanos pela ANISTIA INTERNACIONAL e pela ONU (Organização das Nações Unidas) que extingue a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID 10) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, a nossa Constituição prevê no artigo 3º, item IV indica que um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." 

Embora este artigo não cite especificamente a homofobia como uma quebra da lei constitucional, ela está inclusa para qualquer “bom entendedor”. Mas, todo aquele que achar que não está incluso neste artigo porque não está escrito, é bom saber que a homofobia é sim uma forma de discriminação, e aí a lei é clara e está escrito. Então, poderá ser punido com o rigor da lei.


São atitudes discriminatórias: bullying, difamação, injúrias verbais, gestuais ou mímicas, gestos obscenos óbvios e outras formas mais sutis e disfarçadas como a descortesia, de cordialidade, antipatia no convívio social, insinuações, ironias e sarcasmos contra a honra e a dignidade da pessoa homossexual. 


Grupos homofóbicos do mundo inteiro agem contra os homossexuais usando certos códigos como assovios, cantos e bater palmas num determinado ritmo (em alto e bom som ou na surdina), isoladamente ou na presença de terceiros visando criar uma situação de humilhação, intimidação ou de diminuição a pessoa. Todas estas formas são consideradas discriminatórias e, por aqui, também ferem o artigo constitucional citado acima. Já para atitudes mais agressivas e que causam morte, a polícia e justiça se encarregarão de investigar e punir de acordo com a lei.


Em 2011, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou e em 2013, regulamentou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, garantindo os mesmos direitos e deveres legais de um casal hetero, a mudança do sobrenome e a participação na herança do cônjuge. A cerimônia poderá ser realizada em qualquer cartório civil do território nacional. Se por ventura, o cartório se negar a realizar a cerimônia, sofrerá as sanções da lei. 

Outro Projeto de Lei da Câmara Federal Nº 122/06 (PLC 122) pretende alterar a atual lei 7.716. Essa alteração visa criminalizar toda e qualquer atitude discriminatória ou preconceituosa baseada na orientação sexual ou na identidade de gênero da pessoa discriminada. Se esta lei for aprovada e alterada, outras atitudes discriminatórias e preconceituosas (de etnia, cor da pele, religião e origem de nascimento) serão igualmente beneficiadas.