OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA PUBERDADE



A puberdade representa um momento crítico, tanto para os jovenzinhos como para os pais e professores.

As modificações físicas fazem os jovens deixarem de ser crianças. E isto acarreta algumas dúvidas, inseguranças e medos para os jovenzinhos. Dúvidas porque não sabem o que mais vai lhes acontecer e temem o futuro. Insegurança porque como crianças tinham  a certeza de serem amados e queridos pelos adultos à sua volta e, agora, devido ás muitas exigências feitas a eles, já não possuem essa certeza. Medo, porque perdem sua identidade, Já não são crianças, mas também, não são adultos ainda.

O crescimento rápido, as transformações físicas e sensações desconhecidas devido aos hormônios que entraram em funcionamento faz com que se percebam que são outra pessoa, alguém que é diferente da imagem que tinham de si mesmos. Uma pessoa que agora tem braços e pernas mais compridas, seios (meninas) ou pelos no rosto, no peito e nas pernas e nas axilas fazem com que se vejam como seres desengonçados, desajeitados e feios. E se uma “espinha” desponta no rosto, “querem morrer” de vergonha. Surge, então, um mal-estar porque não sabem lidar com essas transformações. Por isso, alguns jovens desenvolvem a timidez. Por outro lado, outros desenvolvem a ansiedade. Muitos deles, passam a apresentar problemas escolares quando, antes, não os tinham.

O rápido crescimento traz um desgaste natural de energia, razão pela qual queixam-se continuamente de cansaço e sono. Nota-se um aumento da agressividade, da rebeldia, da contestação das regras e da autoridade de pais e professores, mas, ao mesmo tempo, necessitam reestruturar e redefinir os relacionamentos.

Nota-se também um aumento da agressividade, devido aos hormônios que acabaram de entrar em funcionamento. Brigam e discutem por motivos banais, juntam-se em bandos para fazer arruaças e burlar as regras e mostrar seu “poder”. Os jovens que praticam esportes podem descarregar essa agressividade nos exercícios ginásticos ou nos jogos competitivos e ter um comportamento mais. moderado. Quem não pratica esportes ficam mais rebeldes

Outra válvula de escape da agressividade é a imitação dos ídolos, ajudando os jovenzinhos a extravasarem a angústia, como uma forma de sublimar esses conflitos. Por isso, usam de as vestimentas, o corte de cabelo, a linguagem e os gestos desses ídolos.

A descoberta da sexualidade é outro fator importante. Essas descobertas trazem sentimentos de medo, de repulsa, de pudor, mas também de muito interesse e curiosidade. É a contradição entre o pudor e a curiosidade que promove a angústia,  e é a angústia, quem leva à pressa de “experimentar” o que os adultos fazem. Mas, essa pressa também é cercada de medos que aumentam ainda mais o mal-estar e cria a necessidade de superar tudo isso.

O medo deriva de certas situações e sentimentos como por exemplo, as ereções e ejaculações noturnas (nos meninos) e do prazer que sentem ao se masturbarem. E, nas meninas, as sensações provocadas pelo desejo sexual.

Por isso, a necessidade de “se mostrarem” e de “serem vistos” pelos outros. Daí, falarem alto, de gritarem o nome dos outros na rua e nos transportes, de contarem coisas pessoais para que todos ouçam. É uma necessidade de “seduzir”, mas que agem de forma desajeitada e, muitas vezes, incômoda e irritante para os adultos.

Os pais que, até então, sempre os cercavam de afeto, proteção (e, às vezes, de superproteção) e de certas facilidades, deixam de ver neles, os bebês que foram e passam a exigir atitudes e responsabilidades que não tinham ou que não foram ensinadas, agora criticam suas atitudes e procedimentos e procuram se impor por meio do autoritarismo (na maioria das vezes).

A escola e os professores também exigem posturas mais amadurecidas e de  maior responsabilidade. E cobram tudo isso. Surgem os sentimentos de injustiça, de insegurança,  a indisciplina, e a contestação das regras e da autoridade de professores e da própria escola.

Mas, por outro lado, é esse mal-estar que os obriga a procurarem uma nova identidade.


É preciso que nesta fase da vida, os pais tenham a compreensão necessária para apoiar o jovem a encontrar sua identidade e a superar suas dúvidas. Apoiar não significa deixa-los á vontade e fazerem o que querem, mas orienta-los para que os problemas e as dúvidas não se tornem um problema maior.

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