OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DEIXAR DE SER CRIANÇA

É através do observar sua imagem refletida no espelho que os iniciantes da adolescência notam os primeiros indícios das mudanças corporais que estão ocorrendo em seu corpo.

Essa descoberta os encantam e os deixam curiosos, razão pela qual, não saem da frente do espelho. Apenas sabem que deixaram de ser crianças e, quando tudo terminar, serão adultos. Por isso, admiram a rapidez das mudanças, e ficam ansiosos por querer que logo cheguem ao final. Ao mesmo tempo, que desejam que as mudanças ocorram, sentem muito medo.

Por isso, olham-se e examinam-se atentamente. Primeiro, porque as mudanças refletidas no espelho lhes causa um estranhamento. Já não são como eram.

Até este momento, a imagem construída na infância (nos primeiros anos de suas vidas) e que, por tanto tempo era a que vista refletida no espelho apesar do crescimento, já não existe mais. Embora saibam que a imagem que agora vêem é a de si próprios, o espelho lhes mostra que estáo “estranhamente” diferentes.

Deixar de ser criança implica numa série de percas e ganhos. Perdem as facilidades da infância e ganham autonomia. Perdem a proteção dos pais, mas ganham o cuidar de si mesmos. Perdem o descompromisso natural da infância e ganham em responsabilidade. O que antes era só pedir para ter, agora é necessário conquistar pelo próprio esforço.

Deixar de ser criança é perder as gracinhas tão decantadas por familiares e conhecidos. os beliscões na bochecha; os comentários (sempre elogiosos) exaltando suas inteligências em função das boas notas que tiravam na escola ou sobre uma habilidade qualquer, para ganhar a admiração e o respeito pelas próprias conquistas alcançadas com esforço e determinação, É perder uma vida de proibições e dependências para ganhar a liberdade de alçar novos vôos.

Na verdade, a entrada na adolescência garante a diferença entre o não posso e o eu posso. Mas, eles ainda não percebem isso, embora seja um desejo universal e inconsciente. Ficam fragilizados. A estranheza do novo corpo precisa ser desvendada para que seja reconstruído um novo "Eu", mais de acordo com todas as mudanças. Mas, o antigo corpo tem forte peso emocional.

É, nesta fase, que os pais descobrem que o filho cresceu e que deixaram de ser a criança sonhada e idealizada de antes. Essa descoberta ocorre bruscamente, como se o tempo saltasse os anos. Ontem, o bebê e, hoje, um novo adulto. E então, se dão conta de que devem colocá-los para enfrentar a vida. Passam a deixá-los saírem com os amigos, ir sozinhos à escola, tomar condução, cobrar responsabilidades, exigir perfeições nas tarefas, nas atitudes, nos gestos e nas relações. E tudo ocorre de uma só vez e, muitas vezes, cobram o que não ensinaram. 

Fragilizada e sem qualquer preparação anterior, a criança  sente medo porque se vê largada, abandonada à própria sorte e sem saber o que e como fazer para cumprir essas exigências. É por essa razão que muitos jovens passam a dar problemas em casa e na escola. As notas caem e os problemas de disciplina e de rebeldia ocorrem.

Essa preparação para a vida adulta deve começar com a entrada na escola. Uma preparação que ocorre aos poucos e não de sopetão. Uma preparação passo a passo de forma que a criança possa assimilar cada ensinamento. 

È uma época em que os pais devem continuar sua acolhida, com carinho e muitas conversas sobre todos os assuntos, inclusive, sobre a sexualidade e sobre o sexo, comportamentos e atitudes. Uma época em que pais e filhos devem continuar unidos aos filhos pelo amor.

O grande medo da criança no início da puberdade é de se sentir só e abandonado.

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