OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A MULHER NA IDADE MODERNA (1453 a 1798)


Na nossa caminhada pela história das mulheres, chegamos aos anos de 1453, quando começa uma nova era: a IDADE MODERNA.


Nos séculos XV, XVI e boa parte do século XVII da nova era, quase nada havia mudado. As mulheres continuavam sendo culpadas por qualquer coisa e a sociedade continuava tão machista quanto na Idade Média. Continuava o controle sobre a sexualidade, o prazer sexual ainda era ilegal, bem como as demonstrações de afeto entre os casais e familiares continuavam sendo consideradas imorais e os instintos deviam ser contidos. As mulheres continuavam submissas aos pais e aos maridos e tinham por obrigação, o reconhecimento dessa “proteção” por financiá-las e por dar-lhes um sobrenome.

O casamento nessa época era coisa séria e importante, pois visava principalmente a questão econômica das famílias e da sociedade. Para as famílias, o casamento era um negócio. Para os homens, o casamento visava apenas a procriação. Para as mulheres, era uma forma de mudarem de vida. Mas para isso, deviam ser obedientes, companheiras e dar aos maridos uma prole saudável como forma retribuição por tê-las escolhido como esposas. Todas queriam uma vida melhor do que a viviam.

Muitas mulheres ainda eram chamadas de bruxas e condenadas por isso. Geralmente essas mulheres pertenciam às classes mais pobres e eram condenadas por crimes sexuais, acusadas de enfeitiçarem e seduzirem os homens, especialmente pelo clero.

Uma coisa havia mudado em termos: a educação dos filhos que passou a ser responsabilidade única e exclusiva das mães. Por que “em termos”? Porque a orientação dessa educação deveria seguir os padrões da época, do lugar e do sexo dos filhos. Os meninos deviam ser preparados para lidarem com as questões cotidianas e de como enfrentar o mundo, ou seja, para os negócios da família. Já as meninas eram preparadas para cuidar das obrigações e tarefas domésticas e de como deveriam se apresentar nas diferentes ocasiões.

A vida dessas mulheres continuava não sendo fácil. Continuavam casando cedo e com homens mais velhos indicados pelos pais. Mas era ainda pior para as mulheres das classes mais pobres. Casavam-se entre 10 e 12 anos e com homens bem mais velhos, também indicados por seus pais. O sonho dessas meninas era o de sair da miséria em que viviam e desfrutarem uma vida mais tranquila. Algumas até sonhavam em conseguir juntar algum dinheiro para suas velhices.

Na alta sociedade, as tarefas das esposas eram: cuidar do marido, zelar pela educação dos filhos, administrar a casa e as propriedades com ajuda dos feitores e agentes.

Mas, para muitas moças pobres, o sonho terminava em pesadelo, pois além das tarefas domésticas, do cuidado e educação dos filhos, dos cuidados com o marido, de ajudar nos negócios deste, ainda tinham que trabalhar fora para garantir o seu sustento e o da família. Trabalhavam onde podiam: numa quinta leiteira fazendo queijo e manteiga por ser próximo da sua moradia ou por ser a única coisa que sabiam fazer. E ganhavam pouco por esse trabalho.


Outras se aventuravam nos grandes centros urbanos para buscarem trabalho, no entanto, dependiam do conhecimento e do contato que suas famílias ou marido mantinham com os comerciantes locais.

Boa parte delas, por causa dos contatos, trabalhavam como: criadas, cozinheiras, ajudantes de cozinha, lavadeiras, criadas de quarto, damas de companhia em casas de famílias mais abastadas. Embora o desejo fosse o de subir na hierarquia dos serviços domésticos, era bastante difícil e nem sempre conseguiram porque as tarefas femininas eram sempre as de nível mais baixo. E continuavam ganhando pouco.

Ricas ou pobres ainda cuidavam dos pobres, dos doentes e dos idosos porque tinham “doçura, compaixão e amor maternal”.

Como mães deviam cuidar dos filhos, alimentá-los, vesti-los e mantê-los limpos e bem apresentáveis (para os padrões da época). A amamentação com o leite materno ia até os dois anos. E ainda eram responsabilizadas pelas doenças (mesmo as infantis), pelas deformidades no nascimento, pela morte prematura, ou pelo desvio de caráter dos filhos já crescidos. Naquela época, as doenças e as mortes prematuras de bebês e de crianças pequenas, fosse lá qual fosse o motivo, tudo era diagnosticado como “sufocação”.

Só para se ter uma ideia, um ensaísta publicara o seguinte pensamento: “Uma mulher é uma filha, uma irmã, uma esposa e uma mãe: um mero apêndice da raça humana”.

Mas tudo começa a mudar no início do século XVIII.

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