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Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 5 de junho de 2018

MAIS UMA DAS IGREJAS MEDIEVAIS


Disse Igrejas (no plural) no título desta postagem, porque neste ponto da história, existem duas Igrejas disputando para quem seria a mais poderosa. De um lado a Igreja Católica, já estruturada há séculos e sempre querendo ser a mais poderosa que em outras épocas. De outro lado, a Igreja Protestante (fundada por Martinho Lutero) e seus seguidores que queria se afirmar como religião e ser tão importante quanto a primeira.


A principal rivalidade entre elas, não estavam nos dogmas. Mas nas atitudes como cada uma pensava e agia diante dos diferentes assuntos do cotidiano. Por exemplo, a Igreja Católica pregava o celibato dos monges. Já na Igreja Protestante o celibato estava extinto.

Apesar da imposição da Igreja em toda a Europa, homens e mulheres mantinham uma certa liberdade sexual, principalmente na nobreza e nas classes sociais mais ricas. O sexo era visto como um desejo natural dos humanos, portanto, não era “pecado”, nem “algo a ser proibido”, nem estava ligado a “práticas ou rituais demoníacos”. No entanto, as classes sociais mais baixas mantinham as relações sexuais somente após o casamento. Em alguns países europeus, como por exemplo a França, os municípios davam a maior força para a manutenção dos bordéis. 


Porém, devido a uma epidemia de sífilis, ocorrida no final dos anos de 1500 (século XVI), os bordéis ficaram mau vistos. E os maiores críticos dos bordéis foram: as reformas religiosas protestantes, a preocupação da Igreja Católica em não perder o poder que sempre teve e do início da formação dos primeiros reinos absolutistas.

Quando a caçada às bruxas terminou, as Igrejas católicas e protestantes precisavam de um motivo para se manterem no poder. As primeiras, para manterem suas conquistas e as segundas, para se firmarem. Os reis absolutistas agradavam a ambas para conseguirem aliados para seus intentos. Portanto, a epidemia veio a calhar. E a sexualidade foi um verdadeiro “prato cheio” para suas intenções.


Católicos e protestantes se uniram e se apressaram em escrever um documento sobre o assunto: o MALLEUS MALEFICARUM. Segundo esse documento, composto de vários artigos, os cleros de ambas as Igrejas explicavam o seguinte:

a) Que Deus permitia que o demônio fizesse muito mal aos homens com a finalidade de arrebanhar o máximo de almas possíveis.


b) E que esse mal era feito por meio do corpo, onde o demônio tinha, como único acesso, à alma dos viventes. Sendo assim, o espirito era governado por Deus e a vontade era governada pelos anjos.  O corpo era governado pelas estrelas. E como as estrelas eram inferiores a vontade e ao espírito, ao demônio só lhe restava o corpo para atingir a alma.

c) Para dominar o corpo, o demônio se valia dos atos sexuais, apropriando-se do corpo e da alma dos homens. Afirmavam ainda que o pecado original cometido por Adão e Eva fora causado pela sexualidade, que era o ponto mais vulnerável de todos os homens.

d) Que a sexualidade estava diretamente ligada às mulheres e, por isso mesmo, serviam de agentes do demônio por terem mais conivência com ele. E que Eva, tendo saído de uma costela torta de Adão, “nenhuma mulher poderia ter uma conduta reta”.

e) Que a primeira e a mais importante característica das mulheres era a de “copular com o demônio”. Portanto, Satanás era o “senhor dos prazeres carnais”. Por isso, como faziam as feiticeiras, as mulheres eram capazes de desencadear inúmeros males aos homens, tais como: a impotência masculina, as paixões desenfreadas, os abortos, além da oferenda de crianças ao demônio, estragos na colheita e doenças nos animais.

f) Que o prazer sexual praticado pelas mulheres (novas bruxas) era um pecado não só contra os homens, mas também contra Deus e o próprio Cristo. Portanto, um crime hediondo e imperdoável, passível de tortura e morte para o resgate de suas almas.

Diante de tal documento, os reis absolutistas passaram a passaram a criar leis que puniam com mais rigor os casais que sentissem prazer nas relações sexuais. Alegavam ainda, que quem denunciassem o companheiro (a) teria sua pena reduzida como uma forma de vigilância dos costumes.

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