OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

TRANSTORNO DE AGRESSIVIDADE


Nos últimos anos, a violência tem aumentado assustadoramente, principalmente por parte dos jovens e dos adolescentes. E tem se tornado uma espécie de epidemia incontrolável. Vemos jovens agredindo pessoas nas ruas, nos campos de futebol, nas baladas, no trânsito, nas escolas e nos assaltos. O resultado dessa agressividade é impressionante.

Matam os outros por motivos fúteis, com crueldade e frieza no modo de agir. E se matam também, colocando final a uma vida inteira de potencialidades que, poderiam dar frutos excelentes para si mesmos e para a sociedade em geral. As mortes entre os jovens e adolescentes (suicídios) tem sido considerada pela Classificação Internacional de Doenças (o CID) como a terceira causa dos óbitos na atualidade. É, sem dívida, uma estatística bastante assustadora.

Essa agressividade têm vários fatores e, na maioria, são sociais. A violência doméstica, fatores socioeconômicos, problemas escolares, utilização de drogas e fatores patológicos geram atitudes agressivas.

A família que escolhe um modelo educacional rígido e com atitudes violentas e repressão dos sentimentos para educá-los. A repetição, desde a infância, dos atos de espancamentos e castigos físicos por parte de pais e irmãos mais velhos, deixa marcas. E essa agressividade familiar se mostra presente na puberdade e na adolescência. 

Embora muita gente não concorde, outro modelo educacional que contribui para o aumento da agressividade é a superproteção. Crianças educadas com extrema liberdade, sem regras e limites, aprende que apenas a sua vontade é lei. Como nunca são frustradas em seu querer, não sabem lidar com os “nãos” que a vida apresenta. E como todos se submetem a essas vontades, tornam-se “pequenos tiranos”. Na infância, tiranizam os pais, os irmãos, os amigos. Mais tarde, os professores e colegas de turma. E, por fim, a sociedade em geral.


Oscar Wilde já dizia que “o homem mata o que ama”. Infelizmente, em nome do “amor aos filhos”, o tipo de educação familiar escolhida representa 70% dos casos de violência no mundo. Enquanto isso, outros 20% distribuem-se entre outros fatores e, apenas os 10% restantes são dedicados aos fatores patológicos.

Muitos estudiosos afirmam que a violência vem aumentando devido aos fatores socioeconômicos. Mas, ultimamente temos presenciado jovens em atitudes agressivas e violentas em todas as camadas sociais. Se a falta de condições financeiras é o grande motivo de revolta dos jovens, como se explica que jovens de famílias abastadas estão tendo o mesmo comportamento?


Na escola, alunos contrariados com algumas normas ou pedidos, acabam com atitudes violentas como espancamentos a professores. Com os colegas, o bulying e as brigas dentro das dependências escolares. A escola deveria ser um lugar de aprendizagens e de preparo das novas gerações, no entanto, constantemente, temos notícias de tiroteios e de mortes por armas brancas e outros tipos dentro dela.

A agressividade, aqui, é uma forma de conduta que faz parte do desenvolvimento humano. Pode ser boa quando bem direcionada na conquista de objetivos mais elevados. Dedicar mais esforço aos estudos, aprender cada vez mais, galgar novos postos no emprego, lutar e reivindicar melhorias para si e para os outros (sociedade) são formas produtivas da agressividade.

Outros estudos afirmam que os jovens respondem agressivamente em resposta à violência estrutural da social. E em repressão a esta violência estrutural é válido destruir o patrimônio social conquistado com o esforço de muitos ao longo dos anos, como se tem visto nos movimentos populares dos últimos meses? E como deveriam agir a polícia e as autoridades? Deveriam deixar que a fúria de uma pequena parcela dos manifestantes depredasse e destruísse tudo o que viam pela frente?


No entanto, a agressão é coisa bem diferente da agressividade e tem como finalidade ferir ou prejudicar outra pessoa (conhecida ou não). Por isso, o conceito de agressão e de agressividade possui muitas nuances, enfoques e direcionamentos.


Fonte de pesquisa:


Artigo: (VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E AGRESSIVIDADE) de MENEGHEL, S. N.; GIUGLIANI, E. J. & FALCETO, O; Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 14(2):327-335, abr/jun, 1998

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)


A ansiedade é uma reação do organismo a um estímulo que nos parece desafiador. Essa reação funciona como um sinal de alerta diante de uma situação e podemos sentir: medo, dúvida, apreensão ou expectativa. Enfrentado o problema, relaxamos e não nos preocupamos mais. Por serem reações ocasionais são consideradas normais. Ficar apreensivo diante das provas do vestibular é um exemplo típico.

Muitas pessoas ansiosas podem: ter uma disfunção endócrina, ou seja, algumas glândulas produzem substâncias em quantidades maiores ou menores que o normal; seu sistema nervoso pode estimular ou relaxar diante de uma situação desafiadora, ou ainda, pode provocar a hipervigilância (ou consciência social). Esta hipervigilância se dá diante de situações banais e corriqueiras em que os outros estão presentes. Um exemplo fácil de ser entendido por qualquer adolescente é fazer uma pergunta ou dar uma opinião na sala de aula. Muitos deles não as fazem, não por vergonha ou timidez, mas por acreditarem que serão “zoados” pelos colegas ou, que os amigos o considerarão estúpido, impróprio e/ou ridículo. E pensando dessa maneira se omitem.

Todas estas formas de ansiedade são normais e passageiras. Porém, quando o corpo reage como preocupações e expectativas exageradas, persistentes, de difícil controle diante ou não de uma situação desafiadora. Mas, se forem seguidas de pelo menos três destes sintomas: inquietação, irritabilidade, tensão muscular, fadiga, perturbação do sono e dificuldade de concentração. Se tudo isso se apresentar com uma duração superior a seis meses, estamos diante de um TAG (transtorno de ansiedade generalizada).

Os sintomas variam de uma pessoa para outra. Outros sintomas como falta de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, palpitações, aperto no peito, dores de cabeça, desconfortos intestinais, sudorese exagerada, dores musculares também foram descritos por algumas pessoas, mas precisam ser confirmados.

O TAG atinge pessoas de todas as idades, do nascimento á velhice. As mulheres são mais propensas ao transtorno que os homens. E os prejuízos são grandes. A adaptação ás atividades sociais ficam dificultadas ou impedidas de acontecer. Há também prejuízos para o seu próprio bem-estar. Isto porque a pessoa com o TAG faz julgamentos antecipados e infundados dos gestos, as palavras e as atitudes dos outros. E é o medo desses julgamentos quem paralisa os sujeitos.

A vida emocional também fica prejudicada. A autoestima e autoconfiança são baixas, os sentimentos em relação a si mesmos são os de pouca valia e de opressão, os pensamentos são sempre preocupações negativas, são incapazes de lidar com incertezas e possuem a necessidade de saber o que o futuro lhes reserva.

Na parte comportamental também há prejuízos por que: nunca conseguem relaxar e desfrutar momentos de paz, quietude e tranquilidade; nunca podem ser eles mesmos pois estão sempre preocupados com o julgamento dos outros. Começam muitas coisas ao mesmo tempo e não terminam nenhuma. Apresentam dificuldades de expressão e são muito impacientes e temerosos. 

O tratamento é medicamentoso e inclui terapia comportamental cognitiva.


Fontes de pesquisa:

quinta-feira, 25 de julho de 2013

TRANSTORNO DE HUMOR


O nosso cotidiano está repleto de situações que se nos apresenta. E reagimos a cada situação de um modo diferente. Isto porque reagimos a elas sem pensar, ou seja, de uma forma automática. Quando morre alguém que nos é caro, ficamos tristes; diante de uma injustiça, nos irritamos; diante de uma traição, sentimos raiva; diante de um esforço infrutífero desanimamos e diante de uma conquista, ficamos alegres e eufóricos. Isto porque todas as nossas reações são emocionais. É normal e adequado

Com os adolescentes não é diferente. Num momento, estão alegres, cheios de energia, impacientes, apressados, querendo ganhar o mundo e conquistar o futuro. Noutro momento, estão tristes, magoados, sensibilidade á flor da pele, choro fácil, lentos e desanimados. É o resultado das mudanças físicas, hormonais e psíquicas da idade. Reações comuns nessa idade. Tão comuns que, muitas vezes, ignoramos essas pequenas ocorrências.

No entanto, quando essas oscilações do humor começam a afetar as atividades escolares, o trabalho, a vida familiar e social, e o momento dos pais se preocuparem. Podem estar diante do Transtorno de Humor.

O transtorno de humor é uma forma desajustada ou inadequada com que os jovens passam a reagir diante das situações e fatos da vida. Períodos prolongados e significativos de tristeza, desânimo, choro fácil, desesperança, cansaço, falta de energia e de prazer, dificuldade com o sono, perda de apetite, perda de peso e isolamento são sinais de que algo não vai bem. Por isso, os pais devem estar sempre muito atentos.

CAUSAS

As principais causas são: fatores genéticos, alterações hormonais no período da gestação, uso drogas estimulantes ou depressoras do SNC(sistema nervoso central) pela mãe, frustrações e estados ansiosos intensos e recorrentes, lesões cerebrais e neurotoxinas (medicamentos).

Segundo os documentos apresentados pelo CID 10 e pelo DSM IV, o transtorno de humor é uma patologia psíquica. O desencadeador desse transtorno é de ordem afetiva, ou seja, estão vivenciando fatos ou situações estressantes.

O transtorno de Humor pode se apresentar em vários níveis de gravidade: pode ser leve, moderado ou severo ou grave.

TRANSTORNO DE HUMOR LEVE – são aqueles que ocorrem apenas uma vez. São mais comuns. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 340 milhões de pessoas no mundo todo sofrem ou já sofreram com o transtorno de Humor, sendo 20% de mulheres. Adolescentes, idosos e doentes crônicos são os mais afetados. Os países em desenvolvimento têm os maiores índices do transtorno.

TRANSTORNO DE HUMOR MODERADO – são aqueles que são recorrentes, ou seja, aparecem mais que uma vez e atingem de 20 a 60% dos pacientes diagnosticados onde a depressão moderada ou severa está presente.

TRANSTORNO DE HUMOR SEVERO – são aqueles associados a depressão severa, a estados maníacos, ao Transtorno Bipolar. Podem ser ou não recorrentes. Atinge 20% dos índices percentuais restantes.

TRATAMENTO
O tratamento é feito após o diagnóstico e exige medicação, psicoterapia, orientação familiar, tratamento psicopedagógico e psicoeducacional. O tratamento tem uma duração variável (de meses a anos), pois depende da gravidade e das doenças associadas.

Mas, o mais importante é o envolvimento e a soma dos esforços do paciente, da família, da escola e dos profissionais para a suspensão dos medicamentos, para o controle dos sintomas e para a conquista da reabilitação das perdas cognitivas e emocionais do sujeito.

Fontes:

quarta-feira, 10 de julho de 2013

CONHECENDO A DEPRESSÃO


A depressão é um transtorno afetivo cujas características básicas são uma tristeza profunda, pensamentos pessimistas e baixa autoestima. Essas características podem aparecer todas de uma vez ou combinadas entre si e, neste caso, duas delas estarão presentes.

Para funcionar adequadamente, o cérebro realiza uma série de reações químicas. E o resultado dessas reações são os neurotransmissores. Porém, quando a produção desses neurotransmissores é menor ou maior que o normal, o funcionamento cerebral fica comprometido.

Exames comprovam que os sujeitos depressivos apresentam alterações em seus neurotransmissores, ou seja, as reações químicas produzem uma quantidade menor de alguns neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina) do que deveria.


CAUSAS DA DEPRESSÃO


Quando existe um problema nas reações químicas cerebrais dizemos que a causa é genética. O sujeito já nasce com uma predisposição para ser depressivo. Porém, com tratamento adequado pode-se corrigir essas alterações e o sujeito tem uma vida normal.

Imaginemos que o sujeito desconheça que possui alterações nas reações químicas. Fatores sociais e psicológicos causam stress nos sujeitos. E é o stress quem acelera essa predisposição no sujeito.


EFEITOS DO STRESS SOBRE O ORGANISMO HUMANO

Numa situação de stress, o sujeito se cansa fácil porque há uma necessidade maior de esforço para fazer qualquer coisa (estudo, trabalho, atividades caseiras, etc). A falta de apetite e o emagrecimento reforçam essa falta de força para uns. Para outros, o aumento do apetite e o ganho de peso fazem o mesmo.  Por isso, há um desânimo geral e que, geralmente, leva a apatia, ao desinteresse e  perde a motivação pelo que ocorre a sua volta. E com isto, as indecisões e a insegurança. 

Tudo lhe provoca medo. Os sujeitos amedrontados e desesperados ficam irritados, ansiosos e angustiados. Aos poucos, um vazio toma conta dos sujeitos. O vazio dá ao depressivo uma visão errada da realidade. O que era comum e banal se torna uma ameaça. O que era colorido se recobre de um tom acinzentado, como num dia nublado.

Há uma diminuição ou se tornam incapazes de sentir prazer e alegria nas coisas mais simples da vida e que, antes, lhes eram agradáveis e prazerosas. O desempenho sexual e da libido diminui. Mas, se mantiverem essa atividade, ela será vista como uma obrigação conjugal onde a sensação de prazer não encontra lugar.

Os pensamentos pessimistas surgem se tornam frequentes. Sentimentos de culpa assolam o sujeito juntamente com o desproporcional sentimento de pouca valia na vida, de ruína e fracasso. A pessoa sente-se doente e a sensação de que a morte parece estar próxima é comum.

A insônia é frequente, seja por uma demora em adormecer, por despertares contínuos, ou, por despertares matinais muito antes do previsto. O excesso de sono (seja ao dormir várias horas seguidas além do esperado, ou ainda assim, continuar ou reclamar de estarem sonolentos) atinge boa parte dos depressivos.

O raciocínio fica lento e a falta de concentração é consequência dessa lentidão. E os esquecimentos passam a serem notados.

Dores físicas e sintomas como: dores na barriga, má digestão, azia, diarréia ou prisão de ventre, flatulência, tensão na nuca e ombros, cefaleia, sensação de corpo pesado e pressão no peito são reclamações comuns nos relatos dos depressivos. Apesar destes sintomas serem sentidos, não há confirmações através de exames médicos.

Alguns estudiosos consideram a depressão o mal dos tempos atuais. De 19 a 20% da população mundial sofrem desse mal e não há idade, sexo ou condição social para que ele apareça. Assim, crianças, adolescentes e adultos podem ser sujeitos depressivos e manifestarem todos ou boa parte dos sintomas.

O TRATAMENTO

O tratamento é medicamentoso.  Inúmeros antidepressivos podem ser utilizados e não causam problemas de dependência, entorpecimento ou são prejudiciais para o organismo. Ao  contrário, eles atuam na produção dos neurotransmissores que faltam ou no controle dos que são produzidos em excesso. 


Alguns pacientes também os tomam para diminuir os efeitos das crises depressivas, para a prevenção delas, ou ainda, como manutenção do tratamento. Muitas vezes, essa  manutenção pode ser feita pelo resto da vida. Para isto, é preciso consultar um psiquiatra, pois é o único especialista que pode receitá-los.

Tratamentos psicoterápicos e os psicológicos (realizados por psicólogos) também podem ser aplicados após determinado tempo de tratamento medicamentoso, para que essas pessoas aprendam a controlar os pensamentos negativos ou pessimistas e reestruturar psicologicamente os sujeitos para que possam suportar, com mais eficácia, os efeitos do stress e poder levar a vida da forma mais normal. No entanto, esses tratamentos não evitam novas crises depressivas.

Fontes e referência:

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao
Ministério da Saúde - Brasil
DSM IV

segunda-feira, 24 de junho de 2013

TRANSTORNO DEPRESSIVO NA ADOLESCÊNCIA


A incidência desse transtorno na adolescência é bastante alta. Cerca de 20% deles apresentam sintomas desse transtorno. E a tendência é que esse percentual aumente. As meninas têm mais chances de apresentar esse transtorno que os meninos. Em ambos os sexos, apresentam-no os que possuem baixa autoestima e os que estão insatisfeitos com a vida que levam.

Mas, o transtorno depressivo não ocorre só na adolescência. Muitos deles têm raízes mais antigas: na infância. Geralmente por desconhecimento do assunto, as famílias acabam por confundir TRISTEZA com DEPRESSÃO.  Mas, uma coisa é bem diferente da outra. E enquanto as famílias não acordam para a realidade, o transtorno se instala.

A tristeza é um sentimento passageiro. Dura poucos dias e o motivo da tristeza é variado: a perda de um animal de estimação, afastamento de um amigo, etc. No caso da perda de um parente próximo a tristeza pode levar um tempo maior. Geralmente, muito intensa no primeiro mês. Uma tristeza mais amena nos meses subsequentes (outros dois) e, quando já podem voltar às atividades normais.

A depressão, no entanto, começa com uma aparente tristeza que vai minando as forças internas (energia física), o interesse e o humor. Por consequência, deixam de atender ás suas necessidades básicas como a recusa a alimentação, a higiene pessoal, o descuido no vestir e perdem interesse por atividades usuais. Passam a ter um comportamento do tipo vegetativo: queixam-se do tédio, das dores pelo corpo, afastam-se dos amigos e pessoas próximas, apresentam queda no desempenho escolar e, por fim, o abandono da escola. Muitas vezes, reagem a insistências com raiva e irritação. E choram com facilidade e desenvolvem sentimentos de pouca valia ou de inutilidade.

As causas da depressão são variadas e complexas. A separação dos pais, os maus tratos, por uma predisposição da criança que apresenta problemas comportamentais, baixa autoestima e  autoconfiança. A violência familiar geralmente é exercida pela mãe e que os agride a murros, pontapés, mordidas, queimaduras com pontas de cigarro, espancamentos com cintos, paus ou barras de ferro, ameaças de morte ou uso de armas de fogo ou faca durante as agressões.

A depressão infantil (por predisposição ou por causas ambientais) se estende e amplia na adolescência adotando novos sintomas como o sono excessivo (hipersonia) ou insônia e dificuldade de concentração, pensamentos negativos e destrutivos que possibilitam as tentativas de suicídio.

Fontes:

quinta-feira, 13 de junho de 2013

TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIANTE (TOD)

TRANSTORNOS DA ADOLESCÊNCIA (1)


Todo adolescente discorda de seus pais, seja com relação ás ideias que eles consideram ultrapassadas, com relação ás ordens por se considerarem que não são mais crianças ou porque acham exageradas, ou ainda, com relação às regras e limites que acham absurdas. Também é normal que os jovens queiram colocar os seus próprios pontos de vista. Sendo assim, discutem, reclamem, ficam chateados ou até violem regras e limites.

Porém, quando as discussões são excessivas, constantes, com com questionamentos desafiantes e provocativas, frequentes acessos de raiva e ressentimento e com recusas em cumprir as regras no sentido de irritar ou perturbar os pais, professores e colegas de turma é sinal de que algo não está bem com esse jovem.

Na escola, as notas despencam vertiginosamente e são frequentes as reclamações de indisciplinas e de agressões (verbais ou físicas) nas conversas entre os pais e a direção ou coordenação. A justificativa dos jovens para estes comportamentos agressivos são as frequentes queixas de estar sendo incomodado ou agredido pelos colegas e/ou perseguido pelos professores, nutrindo contra eles sentimentos vingativos e agressivos. Outro sinal deste transtorno é o fato de que apresentam dificuldade em fazer amizades e quando as consegue são pouco duradouras. Portanto, é necessário que os pais fiquem atentos.


Segundo pesquisas, as causas ainda não estão bem definidas. Pode haver uma predisposição natural do jovem (genética) e apareceriam traços desde a infância ou uma limitação no desenvolvimento de sua capacidade de pensar e agir, ou seja, uma dificuldade em se colocar no lugar do outro compreendendo que podem magoar ou ofender as pessoas. 

Por outro lado existe uma corrente de pensadores que determinam a influência do ambiente neste comportamento desobediente, agressivo e desafiador. Neste caso, a falta de regras e limites, a disciplina muito frouxa ou muito rígida, a superproteção ou a negligência educativa poderiam levar a estes comportamentos, piorando com o passar do tempo.

Este é um transtorno que se mostra muito comum nos últimos tempos e atinge de 2 a 16% de crianças e adolescentes. Infelizmente, este transtorno tem atingido em maior proporção os meninos, principalmente na infância. Já na adolescência e em igualdade de proporções, o TOD atinge ambos os sexos.

Fontes:

domingo, 2 de junho de 2013

A ADOLESCÊNCIA PROPRIAMENTE DITA


Por volta dos 15 ou 16 anos, a puberdade chega ao final. As modificações físicas já estão terminando seu amadurecimento e o jovem aceita o novo corpo. Ainda se mostra curioso com as sensações que sente e entende o que ocorre. É, portanto, o início da “adolescência” propriamente dita, quando ele se prepara para ser um adulto, ou seja, uma fase de consolidação do caráter, da personalidade e do comportamento adulto.

A vida adulta tem suas regras e exigências em que a responsabilidade deve estar presente. O adolescente deve se conscientizar de que deve ser responsável para consigo mesmo e para com os outros, para com o trabalho e com a sociedade. Embora muitos já se percebam “adultos” por causa do físico desenvolvido, de situações em que já decide e toma iniciativas, eles ainda não estão prontos para cumprir todas as regras e exigências da vida adulta. Eles ainda têm muito que experimentar, compreender, aceitar e traduzir em atitudes.

Ainda dependem afetiva e emocionalmente dos pais. Além da dependência financeira. Ao mesmo tempo, o distanciamento dos genitores é uma necessidade cada vez maior. É este distanciamento que firmará seu caráter e o comportamento, ou seja, construir sua própria identidade.

Evidentemente, a busca de si mesmo e a compreensão desse novo ser em formação vem carregada de medos, apreensões, angústias e desgaste emocional. São estes sentimentos que geram as confusões de sentimentos que, por sua vez, gera mudanças no comportamento, nas opiniões que verbaliza e nos seus objetivos a que se propõe a realizar. Os pais devem acompanhar as mudanças, apoiar quando necessário e compreender a necessidade do desligamento.

A principal característica desta fase é a impulsividade. São apressados e agem sem ponderar suas atitudes. A maioria dos jovens passa pela adolescência e chegam bem à vida adulta, mesmo com alguns tropeços.


Outros, infelizmente, não têm a mesma sorte. Fixam-se em algum comportamento negativo e é, neste momento, que alguns transtornos podem ficar mais evidentes.

Transtornos não são propriamente “doença”, mas um conjunto de sintomas que perturbam os adolescentes e interferindo no desenvolvimento do novo adulto. Por isso, todos os pais devem estar alerta para alguns comportamentos que fogem do padrão de “normalidade” e procurar ajuda profissional (do psicólogo ou do psiquiatra) o mais breve possível. Quanto mais cedo se procurar ajuda, mais cedo o problema será resolvido e interferindo o menos possível.

Dentre os transtornos de comportamentos mais comuns podemos encontrar: o transtorno opositor desafiante, o depressivo, o de humor, de ansiedade, os alimentares (já vistos), os psicotrópicos (já vistos), o de agressividade e o de estresse. Nas próximas postagens detalharemos os demais.